quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Novos equipamentos aumentam produtividade em usina ambiental



A instalação de uma prensa semiautomática e uma esteira transportadora para a compactação dos resíduos recicláveis que chegam até a Unidade de Valorização de Recicláveis (UVR), localizada em Campo Magro - Região Metropolitana de Curitiba -, fez aumentar o volume de materiais compactados e diminuir o tempo utilizado para a realização do trabalho. Enquanto as antigas prensas demoravam até 40 minutos para prensar um único fardo de materiais (diferentes tipos de plástico e papéis), com cerca de 500 quilos cada, o novo equipamento leva em média sete minutos para fazer o mesmo trabalho.

“Isso nos permite compactar em média quatro toneladas a cada hora, quando com o equipamento antigo demorávamos cerca de quatro horas para fazer o mesmo volume”, diz João Vitor Ciesielski, coordenador da UVR.

Os equipamentos, adquiridos pelo Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), gestor da unidade, começaram a funcionar em novembro e desde então têm contribuído para o aumento na produção dos fardos vendidos para a indústria recicladora.

Além de otimizar o tempo e evitar repetições, a qualidade do trabalho aumentou. “A UVR funciona há 24 anos e é a primeira vez que recebe grandes investimentos para a melhoria do fluxo de trabalho. Curitiba cresceu e sua população também e com isso houve o aumento no volume de resíduos gerados. Por isso, os investimentos são extremamente necessários para garantir o escoamento sustentável destes resíduos”, afirma Gerson Guelmann, superintendente do IPCC.

Também foi construída na sede da unidade uma estrutura para o armazenamento dos produtos já prensados para evitar que os mesmos ficassem expostos ao tempo. “Ampliamos o barracão coberto, em que os caminhões do programa Lixo que não é Lixo da Prefeitura de Curitiba descarregam os resíduos coletados pela cidade, e estamos trabalhando no novo desenho do local, além da sinalização para garantir a segurança do trabalho dos mais de 190 colaboradores”, diz Guelmann. Ao todo foram mais de R$ 400 mil investidos para as melhorias.

Produção

Em 2013, a UVR totalizou o recebimento de cerca de 9.810 toneladas de resíduos de toda Curitiba. A média mensal foi de 818 toneladas, sendo 9.402 toneladas recebidas dos caminhões do Lixo que não é Lixo, 223 toneladas do Câmbio Verde e 408 toneladas de outras fontes. 

“Apenas com o volume de papel que conseguimos separar e destinar para a indústria recicladora, poupamos a derrubada de mais de 64 mil árvores. Outros 305 mil quilos de bauxita foram economizados com a reciclagem do alumínio, além de mais de 1 milhão de quilos de areia que foram poupados com o destino correto do vidro que chegou até a unidade”, conta João Vitor Ciesielski, coordenador da UVR.

Upet

Já na Unidade de Beneficiamento de PET (Upet), que fica na Cidade Industrial de Curitiba, responsável por transformar garrafas pet em flakes – pequenos flocos de pet –, chegou ao final de 2013 com mais de 400 mil toneladas de flakes produzidos. O material é utilizado como matéria prima para a indústria têxtil, automobilística e alimentícia.

“Desde que a UPET entrou em funcionamento, em maio de 2012, foram processadas na unidade mais de 15 milhões de garrafas pet de 1,5 litro e 2,5 litros. Essa foi a garantia de devolver as embalagens para a cadeia produtiva sem prejudicar o meio ambiente ou diminuir a vida útil dos aterros sanitários”, diz Alfredo Holzmann, coordenador da unidade.

FONTE: WWW.CURITIBA.PR.GOV.BR

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Exposição relembra primeiro comício pelas "Diretas Já" em Curitiba





Há 30 anos, a Boca Maldita foi cenário de um dos episódios mais significativos para o resgate da democracia no País. Cerca de 40 mil pessoas se reuniram naquele 12 de janeiro de 1984 para o primeiro grande comício pelas “Diretas Já”, realizado em Curitiba. 


Praça Osório foi revitalizada e monumento restaurado

Em memória ao comício que deu início à onda de manifestações por eleições diretas e pela restituição das instituições democráticas, a Prefeitura de Curitiba, por meio da Secretaria Municipal de Comunicação Social, realiza a exposição “30 anos: 1º Comício Diretas Já – Curitiba”. O cenário para a mostra será a mesma Boca Maldita, localizada na Rua das Flores, no Centro da cidade. Porém, desta vez, no lugar do palanque, é utilizado outro ícone que tornou Curitiba nacionalmente conhecida, um ônibus biarticulado abriga a exposição. 

Ditadura 

De 12 a 23 de janeiro, quem passar pelo calçadão curitibano encontrará o biarticulado externamente plotado com imagens marcantes do primeiro comício das "Diretas Já". Internamente, a mostra se divide em três núcleos, os quais apresentam textos, charges, imagens e três vídeos de aproximadamente um minuto de duração – sobre o golpe militar, a repressão e o comício na capital paranaense. O escuro profundo, quebrado apenas pelo material gráfico e pelo clarão dos vídeos projetados, é proposital. A ambientação da mostra pretende remeter o visitante ao clima que ficou conhecido como “anos de chumbo”, vivenciados durante os 20 anos de ditadura brasileira. 

Como primeira referência a essa memória, logo à entrada, há a exibição do vídeo sobre o golpe e a cortina preta de acesso à mostra exibe o desenho de um coturno ao lado de um pequeno texto. Após a cortina, um painel apresenta manchetes e editoriais de apoio ao golpe através de jornais de grande circulação. O material também lembra a fuga do ex-presidente João Goulart e a decretação do AI 5 – Ato Institucional de número cinco, publicado em 13 de dezembro de 1968. 

O AI 5 acirrou a ditadura e instituiu um pacote de medidas que concedeu mais poder ao governo do general Costa e Silva para combater e punir quem fosse considerado contrário ao regime. Entre as medidas estavam o fechamento do Congresso Nacional e a suspensão de garantias constitucionais e de direitos políticos. A sucessão de fatos marcantes é resumida por uma Linha do Tempo, a qual descreve a trajetória da ditadura de 1964 a 1984 até a realização do comício em Curitiba. 

1º Comício 

O segundo núcleo da mostra concentra informações sobre o primeiro comício pelas "Diretas Já". Entre as imagens mais representativas está a fotografia de Maurício Fruet, prefeito à época, que espontaneamente foi seguido pelos manifestantes desde a concentração, em frente ao prédio central da Universidade Federal do Paraná (UFPR), até a Boca Maldita. Fruet aparece ao lado do ex-governador José Richa e de Álvaro Dias, além de outras representações paranaenses. 

Personalidades políticas nacionais, que se tornariam símbolos da luta democrática, como Ulisses Guimarães e Tancredo Neves, também estiveram presentes no palanque do primeiro comício. Um momento histórico que refletiu o ânimo da massa reunida, não dividida por grupos partidários, mas unida em torno do mesmo ideal –a retomada da democracia. 

Interatividade e democracia 

O último segmento descreve a transição do regime, a anistia e, finalmente, a abertura política. Ao longo da mostra, em um grande painel branco deverão ser reunidas postagens de pessoas que desejem compartilhar com o público em geral memórias, impressões ou imagens desse período. O compartilhamento poderá ser feito presencialmente, no próprio espaço expositivo, ou através do email diretascuritiba@gmail.com . 

A visitação gratuita ao interior do biarticulado poderá ser realizada no período entre 11h e 21h. Até as 17 horas o público contará com o apoio de oito monitores. O material em exibição foi preparado e organizado pela equipe do departamento de Comunicação e Marketing da Secretaria de Comunicação, com o apoio da Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e de outras instituições públicas e privadas –  Arquivo Público do Paraná, Biblioteca Pública do Paraná, Fórum Paranaense de Resgate da Verdade, Memória e Justiça, Grupo Tortura Nunca Mais, Gazeta do Povo, Universidade Federal do Paraná, Urbanização de Curitiba S/A e Viação Cidade Sorriso Ltda.

Serviço:

Exposição “30 anos: 1º Comício Diretas Já – Curitiba”
Quando: 12 a 23 de janeiro, das 11h às 21h 
Onde: Rua das Flores – Boca Maldita 
Entrada Gratuita


FONTE: www.curitiba.pr.gov.br

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Transparência: Centenas de pessoas participam de audiência pública para discutir o metrô



Cerca de 500 pessoas compareceram à audiência pública sobre o Metrô de Curitiba realizada na tarde desta quarta-feira (15) no Salão de Atos do Parque Barigüi. O prefeito Gustavo Fruet, ao abrir o evento, fez um retrospecto das ações realizadas desde o início do processo de implantação do metrô na cidade. “Completamos um ano de debates públicos, com abertura, transparência e participação popular. A participação da comunidade é desejada, importante e necessária. Todas as contribuições são válidas e todas as perguntas serão respondidas. E, ao final de todo esse processo, teremos o melhor para Curitiba”, disse Gustavo Fruet.

O prefeito também anunciou que a liberação dos recursos, por parte do governo federal, para a implantação do Metrô de Curitiba, assim como para a realização das demais obras aprovadas dentro do Plano de Mobilidade, deverá ocorrer em breve. Ele relembrou que, além da audiência pública, o processo de implantação do metrô conta com a consulta pública que foi iniciada no dia 9 de janeiro e vai até 10 de fevereiro. A minuta de licitação, assim como os seus anexos, está disponível para consultas, críticas e sugestões no site da Prefeitura Municipal de Curitiba. Terminada essa etapa, a equipe técnica da Prefeitura de Curitiba terá mais duas semanas para concluir o edital de licitação e os termos do contrato (a ser assinado com a empresa ou consórcio vencedor) que serão lançados simultaneamente.

Na sequência, o presidente da Urbs, Roberto Gregório; o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires; e o secretário de Planejamento, Fábio Scatolin, apresentaram a situação atual do transporte coletivo em Curitiba e na Região Metropolitana, mostraram as diretrizes do projeto do metrô e abordaram as questões técnicas referentes ao processo de implantação do novo modal. Depois foi a vez dos inscritos fazerem perguntas. Revezaram-se ao microfone representantes de entidades de classe, ONG´s e movimentos populares. Houve diversas perguntas de ordem técnica referentes aos prazos legais e ao modelo de licitação. Muitos desses questionamentos já tinham sido respondidos durante a apresentação dos secretários.

Tarifa

Uma das questões apresentadas, e que tem sido recorrente nas discussões que envolvem o Metrô de Curitiba, é o preço da tarifa. O secretário de Planejamento, Fábio Scatolin, explicou que o teto da tarifa técnica que irá constar no processo de licitação é de R$ 2,45, mas destacou que esse valor poderá ser reduzido, tendo em vista que vencerá a licitação a empresa que apresentar a menor tarifa.

Como a Prefeitura de Curitiba anunciou que a integração do transporte coletivo será mantida, muitos quiseram saber qual será o preço final da tarifa do transporte integrado. Os secretários explicaram que o valor final deverá ser uma composição de cinco fatores: os custos das três empresas de transporte coletivo de Curitiba, o custo da tarifa dos ônibus metropolitanos e o custo da tarifa do metrô. Quanto à correção do preço da tarifa – tendo em vista que a primeira linha de metrô só deverá operar dentro de alguns anos –, o secretário Fábio Scatolin reforçou que isso será feito com base no IPCA, que é um índice respeitado e aceito nacionalmente.

Meio ambiente

Houve dois questionamentos referentes aos estudos de impacto ambiental da obra. O secretário de Meio Ambiente, Renato Lima, explicou que serão feitos estudos complementares, mais atualizados. No entanto, o secretário adiantou que o modelo construtivo pelo qual a atual administração optou, o shield, é menos agressivo ao ambiente do que o anterior denominado cut and cover. Dessa maneira, os impactos ambientais certamente serão bem menores. “De qualquer forma, quero reforçar que o prefeito Gustavo Fruet tem o compromisso com a sustentabilidade e isso é ponto de honra para a atual administração”, finalizou Renato Lima.

Ainda em relação aos aspectos ambientais, o presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires, destacou que a implantação do Metrô de Curitiba vai permitir que a cidade receba de volta uma imensa área que será transformada em parque. No lugar das canaletas que serão desativadas no eixo sul-norte, será criado um parque linear. “Além do ganho ambiental, estaremos devolvendo para a cidade a escala humana. O parque linear vai ampliar a qualidade de vida dos habitantes da região e valorizar as áreas de entorno”, destacou Pires.

Entre os diversos questionamentos que apresentou, o arquiteto Orlando Ribeiro, presidente da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura – Paraná (AsBEA-PR), queria saber se haveria concurso público para que os escritórios de arquitetura do Paraná pudessem participar do projeto de criação das estações do metrô. O presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires, explicou que esse é um assunto que ainda está sendo discutido. Ele disse que as obras de entorno, na área de abrangência das estações e terminais, poderão contar com a participação dos escritórios de arquitetura por meio de concurso público. No entanto, por questões legais, as estações de metrô serão responsabilidade da empresa ou do consórcio que vencer a licitação.

Um dos presentes à audiência pública questionou o valor de R$ 47 milhões atribuído aos terrenos que deverão ser desapropriados para a construção do pátio de manobras e de uma das estações do metrô que será de superfície. O secretário de Planejamento, Fábio Scatolin, lembrou que esse valor foi levantado pela empresa Triunfo que foi a vencedora do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), mas que a avaliação final será feita pela Prefeitura de Curitiba, de acordo com o valor de mercado.

O movimento Passe Livre também se fez presente, reivindicando, mais uma vez, que o transporte público seja gratuito para toda a comunidade. O presidente da Urbs, Roberto Gregório, explicou que 14% das viagens de ônibus em Curitiba já são realizadas de forma gratuita por idosos, pessoas com deficiência e seus acompanhantes, além de algumas categorias profissionais que têm esse direito assegurado por lei, tais como carteiros, policiais etc.

Já o secretário de Governo, Ricardo Mac Donald Ghisi, destacou que o prefeito Gustavo Fruet encaminhou ao governo federal, em 2013, a proposta de isenção do pagamento da tarifa para estudantes com menor renda familiar e a universalização do vale-transporte para os trabalhadores. De acordo com a proposta, apenas turistas e usuários eventuais pagariam o valor integral da passagem. Segundo Mac Donald, a proposta de Gustavo Fruet já foi adotada pela Frente Nacional de Prefeitos.

A audiência pública contou com a presença de todo o secretariado municipal, do vereadores Paulo Salamuni, presidente da Câmara Municipal; Pier Petruzziello, Luiz Felipe Braga Côrtes, Bruno Pessuti; Carla Pimentel e Pedro Paulo. Também estiveram presentes o deputado federal Ângelo Vanhoni (PT), integrantes do Ministério Público e do Tribunal de Contas, empresários e representantes de entidades de classe e de movimentos populares.